Pará de Minas é o destino ideal para quem curte história, cultura e natureza. Imagine-se voltando ao final do século XVII, quando os bandeirantes exploravam os rios em busca de ouro. Embora o ouro tenha brilhado mais em Pitangui, foi aqui que a região se consolidou, dando início a um povoado às margens do Ribeirão Paciência.
Dizem que um mercador português, apelidado de “Pato Fofo”, deu o pontapé inicial para nossa história, e daí veio o nome “Patafufio” ou “Patafufo” Manuel Batista se estabeleceu em uma fazenda que passou a explorar. A casa onde residiu é considerada a primeira edificação da cidade e hoje abriga o Muspam – Museu Histórico de Pará de Minas. Em decorrência do apelido que Manuel Batista adquiriu, o lugar ficou conhecido como “Patafufio” ou “Patafufo”, variações de “Pato Fofo”.
O marco oficial da história do município verifica-se pela elevação de Pitangui à categoria de Vila de Nossa Senhora da Piedade de Pitangui, em 06 de Fevereiro de 1715, uma vez que o povoado de Patafufo pertencia ao território de Pitangui.
A Provisão Episcopal de 02 de Julho de 1772 instituiu a capela no lugar do Patafufio, da freguesia de Pitangui.
Os Mapas Paroquiais de 1826, indicam que a Vila e Freguesia de Nossa Senhora do Pilar de Pitangui compreendia oito capelas filiais, e dentre elas estava a de Nossa Senhora da Piedade de Patafufo, com 314 fogos(casas) e 1646 almas(habitantes).
Por volta de 1823 chegou o mestre-escola João Ezequiel Pereira para ensinar as primeiras letras ao sexo masculino, porque às mulheres se ensinava a coser, lavar, fazer rendas, etc. Em 27 de março de 1828 foi criada a primeira escola pública do curso primário no arraial do Patafufo e, em 27 de julho de 1830 foi nomeado o sr. Joaquim da Rocha Ribeiro para professor de primeiras letras.
Em 1832 o povoado de Patafufo já era curato, isto é, já era assistido eclesiasticamente por um Cura, Capelão. Nesse ano,1832, por Decreto Imperial, o Curato de Patafufio passou a integrar a Paróquia de Mateus Leme; em 1836, foi incorporado à Freguesia de Pitangui pela Lei nº 50, de 08 de abril. A Paróquia, com a denominação de Nossa Senhora da Piedade do Patafufo, foi criada exatamente 10 anos depois, em 08 de abril de 1846, pela Lei nº 312.
Em 1848 o Presidente da Província de Minas Gerais, sr. Bernardino José de Queiroga, por Lei Provincial nº 386, de 09 de Outubro, elevou o arraial de Patafufo à categoria de Vila, com a denominação de Vila do Patafufio, compreendendo o seu território e os de Santana do São João Acima (hoje Itaúna), Mateus Leme, São Gonçalo e Santo Antônio do São João Acima (hoje Igaratinga). Pelo fato dos seus habitantes não terem construído os edifícios da Câmara, Conselho de Jurados e da Cadeia, conforme exigência da Lei 386, a Vila do Patafufio não foi instalada e, em 31 de maio de 1850, pela Lei Provincial Nº 472 ela foi suprimida, voltando o território a pertencer ao Município de Pitangui.
Satisfeitas as exigências legais, em 08 de junho de 1858, a Lei Provincial nº 882 veio restaurar a Vila, alterando também o seu nome para Vila do Pará e o da Paróquia para Nossa Senhora da Piedade do Pará. A Vila do Pará foi instalada em 20 de Setembro de 1859 pelo Presidente da Câmara Municipal de Pitangui, Dr. Francisco de Campos Cordeiro Valadares. O primeiro Presidente da Câmara e Agente Executivo foi o Alferes Francisco de Assis dos Santos Reo, empossado no mesmo dia.
O nome Pará na lingua Tupi significa “o mar, águas todas colhe, o colecionador de águas”. Pará, seria então o rio coletor do Centro-Oeste do Estado. O nome “Pará” homenageia o rio Pará, que banhava as terras do imenso município.
Em decorrência de acirradas disputas políticas entre os chamados “Cascudos” (Conservadores) e “Chimangos” (Liberais), a Lei Provincial nº 1889, de 15 de Julho de 1872, suprimiu novamente o Município do Pará, incorporando seu território ao de Pitangui.
Dois anos depois, em 23 de Dezembro de 1874, a Vila do Pará foi restabelecida pela Lei nº 2.081, ficando definitivamente seu território desligado de Pitangui. A reinstalação da Vila do Pará ocorreu em 25 de março de 1876, em sessão solene na Câmara Municipal, sendo empossado como Presidente da Câmara e Agente Executivo o Alferes Francisco Esteves Rodrigues.
A categoria de cidade foi alcançada em 05 de Novembro de 1877, com a Lei nº 2416, passando a denominação a ser CIDADE DO PARÁ. A elevação de uma vila à categoria de cidade conferia-lhe apenas qualificação honorífica.
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